1 de junho de 2007

Um Exercício gostoso de Coisificar Pessoas

Huguinho era um menino legal. Gostava de bola-de-mascar e costumava brincar de baixo do bloco com os coleguinhas do prédio. Morava no centro-sul (se é que é possivel) da grande cidade pequena. Não era mais uma criança, tinha até barba. Mas ele inspirava muita gente a querer o bom e o melhor em tudo. E nao estou falando em dar o melhor de si, e sim lutar por um mais melhor pra todos.

Não havia ninguém que não gostasse do seu jeitão de resolver as paradas. E ele sabia muito bem o que fazia e a relevancia de levar o conhecimento aonde fosse. Seja no trabalho de escritor (e ele era um bom escritor), ou ainda distribuindo panfletos na rua (ele também era bom nisso). Tinha os do contra, aqueles que torciam para que algo desse errado, ou que 'alguem' quebrasse a perna no meio fio. Mas Huguinho nao ligava para eles. Nao aparentemente. E isso era bom. Em partes. Mas nao discutiremos isso aqui. Nao é importante.

Hugo queria salvar o mundo. Não só da ignorancia que o cerca, como pela proteção de Gaia. Como uma mulher, a terra de canela é vista por ele com uma importancia devida. Quer protegê-la. É o seu melhor cavaleiro. E com a sua própria espada ele vai de encontro a aqueles que nao a querem bem. Sempre em guarda, o rapaz ajuda os necessitados com ideia imaginativas e belas construções filosóficas do que é ser um Humano. Pena que ele nao se classifica muito como um, mas sabe que é.

Durante muito tempo, os dias eram ensolarados e as noite um pouco frias. A lua cheia era uma inspiração aos mais apaixonados, e Huguinho era um deles. Sempre olhava pra ela como a uma mulher. Aquela que um dia, provavelmente, iria encontrar. Sem pressa, sem pressões. Cada garota, cada momento poderia ser 'aquele'. Mas para toda busca incessante tem sempre os escudeiros do cavaleiro, e Hugo tinha vários.

Dentre eles se destaca o Cavaleiro Louco. A alcunha veio de uma conversa calorosa sobre a Távola Redonda. Enquanto Hugo, que gostava muito de sacerdotes, se proclamara o bardo do grupo, o Cavaleiro optou por não ter um nome dentre os homens de Arthur. Sei porque nao. Muitos dos amigos preferiam chamá-lo de bravo Galahad, mas ele nao gostava. Na busca do Graal de Hugo, o Cavaleiro Louco era o mais afoito. Queria ajudar o amigo tanto quanto ele o ajudara com sua amada. E talvez, o graal nem fosse mesmo uma pessoa. A busca era um algo com 'quê' Filosófico do que uma caçada a donzela da floresta.

Hugo é afortunado, e o mais engraçado, é que ele sabe disso. Desde muito jovem, livros, nanquim e papel era o que precisava para ser feliz. Quando chegava, os meninos se orgulhavam do amigo, enquanto as garotas suspiravam e sonhavam em ser a tal donzela. Mas isso nao vem ao caso. O caso é que Huguinho sempre salvava o dia. Podia ser com um sorriso, ou até mesmo com uma palavra aspera. Ele sempre sabia o que falar.

Um dia, qualquer um deles, ele resolveu ser ajudado. Nao pelo Cavaleiro Louco, nem por nenhum dos meninos do grande grupo que formara havia anos lá na escola. Desta vez foi por uma Cachinhos Dourados. Era uma amiga tao afortunada como ele. Alegre mais que a Pollyanna do livro da Eleanor. Sempre contente com tudo e querendo levar o bem a todos. Mesmo que esses 'todos' nao o quisessem. Mas no fundo todo mundo quer... Era um bem que poderia transformar os dias ensolarados e as noites frias de luar em um jornada mais confortável pelas terras áridas do cerrado.

Ele nem sabia que precisava. Ninguém sabe quando precisa de ajuda. Só precisa. E com Huguinho nao foi diferente. Era fim de tarde. O céu estava começando a escurecer por conta da chuva que vinha rápido. Ele nem iria ao encontro da amiga, mas resolveu ir. Ele confiava na magia, e principalmente na sabedoria que tanto buscava nas coisas. E se o mundo gira, porque nao acompanhá-lo.

E foi assim que o conheci. O nome dele nao é Hugo, e sim Luiz. E a tal busca do Graal nunca chegou a existir. Mas passo o maior tempaozao pensando em coisas bacanas pra dizer pra ele. E em como o mundo, que é cinza e está sendo destruído pela humanidade, se transformou em algo diferente. É um algo que só quem acompanha o crescimento dos outros com atenção, pode perceber. Não são nuvens cor-de-rosas no final do dia, nem palavras sem emoção. É um algo que procuro guardar só pra mostrar pra vocês.

Se chama: escrever...

4 comentários:

Horovits disse...

Eitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, eu to na história, credo me senti como no história sem fim , hahahaha. Muito legal amiga, adorei, tão bonito e sincero, vou ficar bocó. O Luiz vai ficar mais bocó ainda, que lindo!!!Foi uma declaração eu acho muito romântico e sem ser piegas, coisa da lua azul talvez?hahaha, vou te ligar agora!beijos

Anónimo disse...

Eu não tou na história, paia u.u'

Unknown disse...

eu tb nao estou... quase...

Declaração? Pensei que fosse um texto. Mas enfim...

Beijos Mimi =*
E um inté bem legal pro panda =)

Anónimo disse...

Então tá... Fiquei mais bocó ainda, igual a Mimi disse. Nesse caso, ou em casos como esse, nem sei muito o que dizer. Estou no trabalho, com saudades... Como eu disse na carta, e ninguém mais precisa entender alem de eu e você, obrigado.

Beijos, beijos.

Ornitorrinco

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