25 de junho de 2007

Não mesmo, quer saber?

Não, você não sabe como me sinto. Nem ao menos perguntei se você se importava. Estou viva. Isto é fato. Me encontro em estado de constância apreciação da vida terrena e seus prazeres. Isto é óbvio. Mas quer mesmo saber o que me impulsiona a continuar a caminhada? Tênis.

Sim, aqueles com sola de borracha e mola amortecedora de impactos. Além de confortáveis, proporcionam momentos de prazer e deleite incríveis quando resolvo tirá-los do meus pés. Minha marca predileta é allstar converse. Como a maioria daqueles que sofrem da mesma idade que eu. Não sou tão jovenzinha assim como falam. Também não passei dos trinta. Tô na fase intermediária. A mesma que muitos (bem-aventurados) estão, e que se vangloriam tanto a ponto de espancar pessoas em paradas de ônibus. Disso eu não gosto.

Mas tem muitas outras coisas a mais no universo que me incomodam. Uma delas é a combinação do calor plus (vulgo +) falta de sorvete de brigadeiro. E eu adoooro brigadeiro. Um dos pecados que me fazem lembrar do simples fato de estar viva. Aí eu volto pro início. Sabe como é, né? Respirar, não sentir dor, caminhar tranquila, dirigir meu carro sem problemas aleatórios e de causa acidentalística.

Sim, sobrevivi a um deles. E sim, eu gosto de inventar palavras. Mas não vem ao caso. Desta vez, aquele 'acaso', bem maltratado pelo tempo e desgastado pelo próprio significado, não conseguiu me pegar de jeito. Nem a mim, nem a ela. Acho que isso vai nos fortalecer. Sei não.

Também me pergunto se isso é um bom sinal providencial e divino sobre como eu devo me portar (ou melhor dizendo: me comportar) diante as vicissitudes da eternidade de uma vida só (grande não?). Já que a franquia do carro passou dos três zeros antes da vírgula. Porém, como tudo na vida (e hoje estou falando muito dela), me proporcionou uma nova maneira de ver e sentir o tal do 'viver e aprender'. Ou talvez, de não perceber como influencio diretamente na minha saúde mental e física.

Vamos aos exemplos práticos e rápidos: aprendi que quando uma pessoa me pede um favor eu devo pensar quinze vezes antes de dizer sim. Independente se é apenas para passar uma fase do Mário Forever ou levar um objeto de um lugar a outro sem acidentes. Pode ser perigoso para os pedestres e motoristas de plantão.

E por falar em acidente, acabo de me recordar que além de causá-los a torto e a direito, eu também sou fruto de um. Ou talvez não, mas não discutirei religião aqui. Afinal, não durmo direito tem mais de quatro dias. Minha ansiedade ainda me acompanha. E inventei de ler cinco livros de uma vez! Se é que isso, ou o resto de tamanha insignificância, importa para você.

Enfim... Esta , além de ser uma das palavras que mais gosto, soa bastante agradável em qualquer frase. Se bem que não é utilizada da forma correta. Mas confesso que não compactuo deste crime sozinha! Tanto eu quanto o resto dos brasilienses universitários a usam. Mas... quem se importa. Nem ao menos me perguntaram se conheço a forma correta de utilização das reticências!

Ninguém perguntou nada mesmo. Nem se aquele acidente de verdade, envolvendo terceiros, quartos e quintos me fez acordar de vez para a realidade da terra dos Homens adultos e Racionais ou me fez adormecer de vez no Planeta das Amoras Estelares.

Quer mesmo saber? Eu gosto de amoras. E já é tarde para uma moça da minha idade ficar acordada. Passar bem e tenha uma boa noite.

21 de junho de 2007

Sobrevivi

Só para contar uma história.

Mimi te amo.
Desculpa tentar te matar, mas te amo muito e nao quero que você morra de verdade, hein!
Não era a intenção.

Se bem que ia ser bem legal morrer do lado de um dos meus maiores e eternos amores. Que lindo. Teriamos caixões coloridos. E nem precisariamos nos preocupar em faltar o enterro da outra. Afinal, nosso velório seria na mesma capela. Que mórbido...

E um outro te amo pro luiz (que perdeu o carro). Pra minha mãe, pro meu pai, pra yara, pra mel, pro juan, pro chico, pro laurok, pra carlinha, pro meu padrinho, pro vô João... E pra todo mundo que eu amo muito e que me faz ficar bem, mesmo depois de quase me matar...

Isso nao é um post emo de despedida. E sim um breve relato de quem é feliz por estar vivo!

10 de junho de 2007

Comida

Minha mãe está na cozinha 'empestiando' (do verbo feder pra burro), o ar com o cheiro do cozido de tripas de porco. Eu jogando mah jong, comendo danete e escutando construção do chico na frente do pc.
Enquanto isso a pressão arterial de minha irmã quase-já-era-falecida Yara está só aumentando e meu pai resolveu rabugênciar (mas eu o amo mesmo assim). A mel também faz falta, mas ela é boazinha de mais pra qualquer reclamação adicional de minha parte.

Isso tudo é mais conhecido na praça como disritimia familiar.


... acho que precisamos de terapia em grupo.


P.s: Os contos que me sobraram da era criativa estão na geladeira esperando uma bôa oportunidade de postá-los. Quando a paciência (e o namorado), voltarem eu coloco aqui.

The Blues are still blue

Se a internet fosse um quarto, este blog (provavelmente) seria o mural. Com texto em folhas amarelas, papel picado, recadinhos do coração, desenhos dos amigos e recortes de trabalhos quando eu tinha sete anos (isso é possivelmente true) e foto, muita foto.

Eu tenho um mural real. Fica nas três portas do meu guarda-roupa grande. Tem tudo isso e mais um bando de adesivos pregados. Mas só eu vejo. Não tem tanta graça. Minha mãe vive reclamando que eu guardo tralhas de mais. Acho que ela tem razão.

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Fiquei com uma vontade enorme de colocar todas as fotos de flores que já tirei na vida, aqui na minha parede virtual. Essa aí é de setembro/06, com fotometria bôa (uma das melhores que já consegui), sem photoshopo e com um Dof (Profundidade de campo) ótimo (apesar de ter usado uma 18-55mm).

Fiquei firulenta. Boba até. Só por causa daquela música que não sai da cabeça, nem do winamp, tão pouco do last.fm. Porque diachos eu inventei de escutar Belle e Sebastian naquele inverno com cara-de-saara lá de taguá, no ano de 2000? Minha vida, com certeza, seria mais monocromática.

Então, yoko escuta quinhentas mil vezes a mesma música. E não cansa!
Belle and SebastianThe Blues Are Still Blue

boa noite...

8 de junho de 2007

Felizinha pra dedeú


Relembrando a adolescência feliz e sorridente em um colégio onde ninguém sabia o que era STP, mas que conheciam a versão de Dancin' Days do Led. E eu adoraaaava contar vantagem.

[módulo diário ON]

Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades. Saudades.

7 de junho de 2007

Obrigado, amor

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Por tudo ser perfeito. Pelo céu bonito todos os dias. Pelas receitas de amor. Três.

Tem músicas que falam, com a facilidade da língua dos poetas, o que aqui dentro responde por coração. Alguns de nós, tentam em vão, buscar um significado especial para esta palavra, que de tanto uso, entrou em desuso. Outros conseguem cantá-la sem preconceitos. E muitos transcrevem em linhas de luz e sombra este sentimento.

Digo então duas palavras, que costumam andar juntas quando são compreendidas. Aos queridos quatro (Você: um, dois, três e quatro) digo: obrigada e vos amo muito.

E, aquele que não consegue enxergar a plenitude que as flores trazem, só consigo imaginar uma palavra: lamento. Por você ser assim, por não conseguir crescer, por não poder perceber que isso é pra sempre.

Adeus.

6 de junho de 2007

According to my e-mail list

Pythagoras said: "As long as Man continues to be the ruthless destroyer of lower living beings he will never know health or peace. For as long as men massacre animals, they will kill each other. Indeed, he who sows the seed of murder and pain cannot reap joy and love."

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"Na atual Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), o Transtorno Delirante Persistente é caracterizado pela ocorrência 'de uma idéia delirante única ou de um conjunto de idéias delirantes aparentadas, em geral persistentes e que por vezes permanecem durante o resto da vida'. Também conhecido como paranóia, diferencia-se de outras psicoses pela união dos delírios em um contexto organizado, lógico e até verossímil."

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and sheeps goes to heaven, goats goes to hell...

1 de junho de 2007

Um Exercício gostoso de Coisificar Pessoas

Huguinho era um menino legal. Gostava de bola-de-mascar e costumava brincar de baixo do bloco com os coleguinhas do prédio. Morava no centro-sul (se é que é possivel) da grande cidade pequena. Não era mais uma criança, tinha até barba. Mas ele inspirava muita gente a querer o bom e o melhor em tudo. E nao estou falando em dar o melhor de si, e sim lutar por um mais melhor pra todos.

Não havia ninguém que não gostasse do seu jeitão de resolver as paradas. E ele sabia muito bem o que fazia e a relevancia de levar o conhecimento aonde fosse. Seja no trabalho de escritor (e ele era um bom escritor), ou ainda distribuindo panfletos na rua (ele também era bom nisso). Tinha os do contra, aqueles que torciam para que algo desse errado, ou que 'alguem' quebrasse a perna no meio fio. Mas Huguinho nao ligava para eles. Nao aparentemente. E isso era bom. Em partes. Mas nao discutiremos isso aqui. Nao é importante.

Hugo queria salvar o mundo. Não só da ignorancia que o cerca, como pela proteção de Gaia. Como uma mulher, a terra de canela é vista por ele com uma importancia devida. Quer protegê-la. É o seu melhor cavaleiro. E com a sua própria espada ele vai de encontro a aqueles que nao a querem bem. Sempre em guarda, o rapaz ajuda os necessitados com ideia imaginativas e belas construções filosóficas do que é ser um Humano. Pena que ele nao se classifica muito como um, mas sabe que é.

Durante muito tempo, os dias eram ensolarados e as noite um pouco frias. A lua cheia era uma inspiração aos mais apaixonados, e Huguinho era um deles. Sempre olhava pra ela como a uma mulher. Aquela que um dia, provavelmente, iria encontrar. Sem pressa, sem pressões. Cada garota, cada momento poderia ser 'aquele'. Mas para toda busca incessante tem sempre os escudeiros do cavaleiro, e Hugo tinha vários.

Dentre eles se destaca o Cavaleiro Louco. A alcunha veio de uma conversa calorosa sobre a Távola Redonda. Enquanto Hugo, que gostava muito de sacerdotes, se proclamara o bardo do grupo, o Cavaleiro optou por não ter um nome dentre os homens de Arthur. Sei porque nao. Muitos dos amigos preferiam chamá-lo de bravo Galahad, mas ele nao gostava. Na busca do Graal de Hugo, o Cavaleiro Louco era o mais afoito. Queria ajudar o amigo tanto quanto ele o ajudara com sua amada. E talvez, o graal nem fosse mesmo uma pessoa. A busca era um algo com 'quê' Filosófico do que uma caçada a donzela da floresta.

Hugo é afortunado, e o mais engraçado, é que ele sabe disso. Desde muito jovem, livros, nanquim e papel era o que precisava para ser feliz. Quando chegava, os meninos se orgulhavam do amigo, enquanto as garotas suspiravam e sonhavam em ser a tal donzela. Mas isso nao vem ao caso. O caso é que Huguinho sempre salvava o dia. Podia ser com um sorriso, ou até mesmo com uma palavra aspera. Ele sempre sabia o que falar.

Um dia, qualquer um deles, ele resolveu ser ajudado. Nao pelo Cavaleiro Louco, nem por nenhum dos meninos do grande grupo que formara havia anos lá na escola. Desta vez foi por uma Cachinhos Dourados. Era uma amiga tao afortunada como ele. Alegre mais que a Pollyanna do livro da Eleanor. Sempre contente com tudo e querendo levar o bem a todos. Mesmo que esses 'todos' nao o quisessem. Mas no fundo todo mundo quer... Era um bem que poderia transformar os dias ensolarados e as noites frias de luar em um jornada mais confortável pelas terras áridas do cerrado.

Ele nem sabia que precisava. Ninguém sabe quando precisa de ajuda. Só precisa. E com Huguinho nao foi diferente. Era fim de tarde. O céu estava começando a escurecer por conta da chuva que vinha rápido. Ele nem iria ao encontro da amiga, mas resolveu ir. Ele confiava na magia, e principalmente na sabedoria que tanto buscava nas coisas. E se o mundo gira, porque nao acompanhá-lo.

E foi assim que o conheci. O nome dele nao é Hugo, e sim Luiz. E a tal busca do Graal nunca chegou a existir. Mas passo o maior tempaozao pensando em coisas bacanas pra dizer pra ele. E em como o mundo, que é cinza e está sendo destruído pela humanidade, se transformou em algo diferente. É um algo que só quem acompanha o crescimento dos outros com atenção, pode perceber. Não são nuvens cor-de-rosas no final do dia, nem palavras sem emoção. É um algo que procuro guardar só pra mostrar pra vocês.

Se chama: escrever...