8 de agosto de 2005

... Sabe?

Ando meio inconseqüente. Sem muita vontade de agradar. Com blusa largada, andar meio despojado. As preocupações deixadas para outros. É como se a vida fosse feita de privilégios cedidos a poucos que, infelizmente, não o sabem usufruir de maneira digna. E como toda a filosofia barata existencial de blogs, estou aqui a relatar a minha.

Não que seja errado ter privilégios. Mas também não é o certo. E se por uma única change hipotética de que a responsabilidade concedida a mim fosse de capacidade contrária a minha vontade, e que eu queira me sucumbir a ela, essas palavras então não seriam um desabafo rotineiro e impessoal. Ele seria real. Como sempre quis.

Real como os anos que passam e só percebemos quando em um certo dia as pessoas chegam e dizem: "- parabens. Você cresceu". Mas não é tudo. Nada que escreva pode chegar perto do significado literal do que imaginei que fosse ou não. Ou não. Podem ser apenas palavras de desencanto. Como em músicas de verão. Pas-sa-gei-ro. Algo que nenhum possa entender. Por serem apenas letras juntinhas em tela de computador.

Quando eu era pequena costumava escrever muito sobre o que sentia. Bem... Na maioria das vezes só lembrava do papel e da caneta na hora justa de raiva imperiosa. Se bem que sempre fui muito nervosa. O problema dos anos é que a cada um que passa mais neurótica fico. Verdade.

Mas não era sobre isso que falava. Era sobre outra coisa. Algo que vocês não compreenderiam. Algo que nem eu sei escrever o que é. Ou como chegou a mim. Algo assim...

sabe?

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